31 maio 2008

A Descida

Hoje eu desci a via em dois ciclos
Um clico na frente e outro de carona
Ligados pela corrente que faz
O vôo dos meus pés
De ágil às ruas
Tão frágil nas palavras
Querendo ligar e relacionar
O lógico com o mole
O imoral com a vida
Flutuam nas rimas
Des-rimas sentidas
Olhando claramente quão longe de lá
Longe está, meu pensar e meu pesar
Sonhos, vertigens, suspiros
Controle de regras fatídicas
De golpes cruzados e vazios
Um sopro de lucidez
Luz e paralepsia
Conversas de um solto no cosmo
Um louco de origem, desnudo, solfista
Filosofia de restos de palha
São crias, são frias e velhas
Fedidas e lindas poesias
No ouro de ouvidos atentos me guio
Me expresso, me roubam a única coisa que resta
Só festa se fazem às minhas custas
Estou preso, direto para o poço me levam
Malditas cuspidas eu levo
Sou bicho, sou néctar divino
Descalço na via que desço
De ciclos e correntes que ligam
Tudo isso, o inferno do dia
Solteiro e legítimo broto de merda
Puríssimo como se apenas pronto
Feito só para servir

25/05/2008 - São Paulo

Um comentário:

  1. Oi Daniel, como esta'? Sou Francesco (ciccio) o seu amigo italiano... Ainda lembra os asparagos??? rsrsrsrs. Aqui na italia tudo ligal. Eu escivi uma mail pra voce mas nao tive resposta. O dia 31 lulho parto para o Brasil, vou ao Norte (Para', Maranhao e Ceara'). Gostaria muito de recever noticias de voce. Minha mail e' fradamico@gmail.com.

    um abraço
    Ciccio

    ResponderExcluir