Não deu para esperar seu tempo
Mas como ele volta e nem é seu
Eu volto, outra vida tento
Você não aguarde, lhe busco, lhe acho
Tudo que imaginamos não houve no mundo
Mas vivemos nos sonhos
Fique com seus sonhos, eles são lindos
Os meus por você também foram
Se o real não bateu, o que foi real serviu
Um ramo de flores lhe ofereço
Um olhar profundo que não tivemos
Leve meu olhar e o perfume das flores
Estou certo de que continuará linda
Lhe sou cordial, voto no bem
Um abraço bem quente e demorado
Um laço invisível de carinho
De mim para você
(São Paulo - 19/02/2008)
25 fevereiro 2008
Transição
Não! Não! Não! Não!
Não! Não! Não!
Não! Não! Não!
Acordei gritando...
(São Paulo - 07/02/2008)
Não! Não! Não!
Não! Não! Não!
Acordei gritando...
(São Paulo - 07/02/2008)
16 fevereiro 2008
Hoje o mundo pode acabar
Acordei no dia da criação
Levantei meus olhos para o céu
E pedi, preparei meu coração
Embrulhei com laço e papel
Disse então que de olhos em fechados
Ficaria assim até quando for
Até o dia do fim do mundo
E o abriria só pra ver o que restou
A primeira luz que quero ver
É da tua voz cantando ao meu lado
Isso é tudo que eu queria ter
Hoje o mundo vai acabar
Hoje o mundo pode acabar
Não me importa, eu tenho você
(São Paulo - 14/02/08)
Levantei meus olhos para o céu
E pedi, preparei meu coração
Embrulhei com laço e papel
Disse então que de olhos em fechados
Ficaria assim até quando for
Até o dia do fim do mundo
E o abriria só pra ver o que restou
A primeira luz que quero ver
É da tua voz cantando ao meu lado
Isso é tudo que eu queria ter
Hoje o mundo vai acabar
Hoje o mundo pode acabar
Não me importa, eu tenho você
(São Paulo - 14/02/08)
Fim do mundo I
Vou fechar os olhos
E abrir antes do fim do mundo
Quando isso for
A primeira imagem
Que quero ver
É a de você
Ao meu lado
Aí o mundo pode acabar
(São Paulo - 10/02/08)
E abrir antes do fim do mundo
Quando isso for
A primeira imagem
Que quero ver
É a de você
Ao meu lado
Aí o mundo pode acabar
(São Paulo - 10/02/08)
Casa das Sombras
Paralisei depois do sono de milhares de léguas
Cansei de andar tamanha distância
No emaranhado de pesadelos não tive trégua
Nem pela dor de passar por minha infância
Pensei que não conseguiria nunca mais me levantar
Encurralado na casa do sonho
Corri, abri, bati, tranquei e segurei as portas
Esse ritmo de medo não acompanho
Soltei um grito mudo com as mãos no pé do ouvido
Meu silêncio não me deixou falar
Acordei crente que desta vez tinha morrido
De que passei ferido de ter vivido
Nada que a gente novamente verá
Depois as amarras foram me abandonando
Em lento movimento me postei falando
Lembrando que o pior passou, se foi
Mas que outra noite certamente voltará
(Caraíva - 02/02/08)
Cansei de andar tamanha distância
No emaranhado de pesadelos não tive trégua
Nem pela dor de passar por minha infância
Pensei que não conseguiria nunca mais me levantar
Encurralado na casa do sonho
Corri, abri, bati, tranquei e segurei as portas
Esse ritmo de medo não acompanho
Soltei um grito mudo com as mãos no pé do ouvido
Meu silêncio não me deixou falar
Acordei crente que desta vez tinha morrido
De que passei ferido de ter vivido
Nada que a gente novamente verá
Depois as amarras foram me abandonando
Em lento movimento me postei falando
Lembrando que o pior passou, se foi
Mas que outra noite certamente voltará
(Caraíva - 02/02/08)
Cem palavras
Chegou o êxtase
É vento e brasa pra tudo que é lado
Roda gira e fica tonto
É sorriso de canto a canto
Salada de cores e cheiros
Doce, simpático
Dos de melhor o melhor
Bofetada para o inesquecimento
O sol de todas as estrelas
É muita, é mais, ainda mais
Um horizonte de agradáveis sensações
Divinas, certas e divinas vidas
Montes de melodias meteoros
Montros da música que arrepia
E arde a pele
Revoo de panos e carne
Com rosto pingado
Um néctar, suco concentrado
Que pega na boca salivada
Leva o céu dentro do céu
Chegou o êxtase
É vento e brasa pra tudo que é lado
Roda gira e fica tonto
É sorriso de canto a canto
Salada de cores e cheiros
Doce, simpático
Dos de melhor o melhor
Bofetada para o inesquecimento
O sol de todas as estrelas
É muita, é mais, ainda mais
Um horizonte de agradáveis sensações
Divinas, certas e divinas vidas
Montes de melodias meteoros
Montros da música que arrepia
E arde a pele
Revoo de panos e carne
Com rosto pingado
Um néctar, suco concentrado
Que pega na boca salivada
Leva o céu dentro do céu
Chegou o êxtase
Pequenos Gestos
Tocar suavemente a testa ao acordar
Sentar ao lado para comer
Dobrar um pássaro de papel
Ouvir e escutar
Olhar nos olhos sorrindo
Acompanhar até o portão da casa
Cantar mesmo que desafinado
Ensinar uma brincadeira
Caminhar junto em silêncio
Abraçar com sinceridade
Escrever um poema
Presentear uma flor
Apresentar um amigo
Servir um doce
Mostrar a paisagem
Fazer um desenho
Chamar pelo nome
Elogiar com verdade
Criticar com respeito
(Caraíva - 31/01/08)
Sentar ao lado para comer
Dobrar um pássaro de papel
Ouvir e escutar
Olhar nos olhos sorrindo
Acompanhar até o portão da casa
Cantar mesmo que desafinado
Ensinar uma brincadeira
Caminhar junto em silêncio
Abraçar com sinceridade
Escrever um poema
Presentear uma flor
Apresentar um amigo
Servir um doce
Mostrar a paisagem
Fazer um desenho
Chamar pelo nome
Elogiar com verdade
Criticar com respeito
(Caraíva - 31/01/08)
09 fevereiro 2008
Vai amigo
Ouça bem meu caro amigo
Que eu entendo o teu pesarFiquei doido de chorar
Quando aconteceu comigoAs meninas são assim
Seja a ti ou seja a mimE a todos como nós
Que se metem a amarVai com fé que eu te dou voz
Se esse fogo te queimarVale mais o bem viver
Nesses dias de voar
Uma linda albatroz(Caraíva - 30/01/08)
Cleópatra
Ontem por exemplo
Aparece uma imagemDuas ou três palavras
Um monte de sorrisosUm olhar penetrante
A solidão mais acompanhadaCleópatra do samba
Causadora de dor e desejoSimples desejo
Vento que leva soltos fiosVentre quente sol feito
De pelos loucos castanhosE sangue de paixão
Um tormento de alcovaRepuxa as águas de dentro
Dissolve a alma e sublima o corpoCondensa o peito de flor
Enforcando a corSó taquicardia e fôlego rouco
Língua de ponta por cimaAbaixo gosto maluco sem senso
Jogado do cosmo ao lápisO pensamento estraga
E a sensação apaga(Caraíva - 29/01/08)
O Homem Poeta
Primeiro te trago o sonho para sonhar
Um poeta sensível, verdadeiro, sinceroCom dotes nas palabras que acariciam
Depois te mostro a realidade para viver
Um homem bruto comum, com medos e desejos
Quero que surpreenda a lógica e seja viva
Que me escolha homemQue me queira fraco
Para que eu seja forteTalvez assim continue te fazendo sonhar
Mas um sonho acordadoRegado de dor e prazer
Te peço que não prefira nada
Nem a dor da dor
Nem o prazer do prazerAmbos estarão sempre com você
Se intercalando como fibrasSe há o que preferir
Prefira o que há, como háSe é sonho, é sonho
Em sendo real, real é absolutoRei de não ser não ser
Plano Secreto
Olha só meu plano
Te encontro no marFalo qualquer bobagem
Só pra te ver lindaTodos vão estar olhando
Mas não terei nenhum respeitoFicarei te admirando
E de lá juntos sairemosTe mostrarei essas palavras
Sem medo da sua reaçãoPode ser todo boa ou toda ruim
Ou pode ser nenhumaMas meu plano se concretizou
E nós vivemos juntos eleE você nem sabia de nada
Eu tenho um plano agoraQuer saber?
Só você
Procurar quem?
Nada disso
O que que é isso
Fique aqui
Tome sombra
Ué, não foi?
Ah que bom
Só você?
Ainda melhor
Quer ver?
Cade você?
Estou na sombra
Se vier
Venha aqui
Olha só
Viu?
Sou eu
Pra você
Só um pedacinho
De você?
Pode ser... só você?
Pronto, só você!
O Pintor de Sonhos
Dormi na certeza de que tenho os piores defeitos do mundo
Ao amanhecer andei pelas ruas de areias frias e fundasDepois de sonhar três ou quatro vezes coisas sem sentido
Renaci de novo como outro de mim mas sem perder nadaOs mesmos defeitos se fizeram mostrar lindos e desafiadores
Por eles sou vivo, eles formam um longo e suado caminhoQuando tiver forças passo por eles deixando para trás
Quando não tiver, eles que venham até mim e me esfolemCada brisa nova me fará companhia nessas noites
Suavizando por dentro e dando leve contorno(Caraíva - 28/01/08)
Mineira
Não sei nada de você mineira
Mas fico ouvindo seu cantarolarSabe esse jeito lindo de falar
E sorrindo assim é a primeiraPosso parecer estranho agora
Mesmo alguém me sendo parecidoSe as estrelas lhe mostrei lá fora
Algo nosso fôra construídoUm abraço te roubei depressa
Um sonho que do céu então desçaE floresça por eu ter partido
Não queria mas eu fui embora
Apaixonado pelo acontecidoE que a noite você me apareça
Casamento
Cada grão
Cada poeira
Todos os pós
E míseras partes e pedaços
Soltos e únicos e separados
Longe, bem longe, sem toque, sem cor
Cada gota e gota de gota
Quase nada aos olhos, nada aos olhos
Uni-vos todos e todas e tudo
Num abraço de braços, mil braços
E corpos de corpos, mil corpos
Juntai-vos num eterno laço
Gotas com gotas num imenso oceano
Pedacinhos de areia num planeta colorido
Tocai-vos todos a todas e tudo
NMum toque sem tempo, sem fim
Ocupando o espaço vazio
Casai-vos todos com todas e tudo
Cada casamento mais casamento
Retornando assim ao único ser
(27/01/08)
Cada poeira
Todos os pós
E míseras partes e pedaços
Soltos e únicos e separados
Longe, bem longe, sem toque, sem cor
Cada gota e gota de gota
Quase nada aos olhos, nada aos olhos
Uni-vos todos e todas e tudo
Num abraço de braços, mil braços
E corpos de corpos, mil corpos
Juntai-vos num eterno laço
Gotas com gotas num imenso oceano
Pedacinhos de areia num planeta colorido
Tocai-vos todos a todas e tudo
NMum toque sem tempo, sem fim
Ocupando o espaço vazio
Casai-vos todos com todas e tudo
Cada casamento mais casamento
Retornando assim ao único ser
(27/01/08)
08 fevereiro 2008
Parecia Mentira
Dentro desse barco
Que atravessa rio acima
Muito longe da cidade
Clima só de alegria
Escuta aqui menina
Já não posso esperar
Em dizer pra toda barra
Que é você que eu quero amar
A viagem que até ontem parecia mentira
Caraíva e você é o melhor da Bahia
(26/01/08 - versão refeita da música Europa 2000 em parceria com Daniel Chamis)
Que atravessa rio acima
Muito longe da cidade
Clima só de alegria
Escuta aqui menina
Já não posso esperar
Em dizer pra toda barra
Que é você que eu quero amar
A viagem que até ontem parecia mentira
Caraíva e você é o melhor da Bahia
(26/01/08 - versão refeita da música Europa 2000 em parceria com Daniel Chamis)
Ser Grande
Não tenho troco
Não trabalho com miudezas
E tudo que faço
Tem tamanho gigante
Nas travessas por onde passo
Sempre toco o que posso
Se tiver uma chance
Me transformo em lenda
Ou talvez algum conto
Sem trocar de intensão
Meu tipo é coragem de ir
Pro topo do mundo
Num trem de possibilidades
Sou totalmente verdade
Mas tranquilo na ação
Quando tento e não consigo
Só tiro conclusões
Fico triste e observo
Que há toda uma razão
Para ter acontecido
Então termino em paz
Meu testemunho da vida
É turqueza e laranja
Um tremendo por de sol
De tirar lágrimas dos olhos
Sem tempo para acabar
Vivo temperado de poesia
Cada trecho tem seu sabor
Uns tormentam os ouvidos
Outros tateiam a alma
Em tom de cantiga
O troféu de mais bonito
Já tive de abdicar
Porque tem alguém que me inspira
Apenas traduzo as sensações em palavras
Quem transmite a realidade
Esta trancado dentro de nós
(26/01/08)
Não trabalho com miudezas
E tudo que faço
Tem tamanho gigante
Nas travessas por onde passo
Sempre toco o que posso
Se tiver uma chance
Me transformo em lenda
Ou talvez algum conto
Sem trocar de intensão
Meu tipo é coragem de ir
Pro topo do mundo
Num trem de possibilidades
Sou totalmente verdade
Mas tranquilo na ação
Quando tento e não consigo
Só tiro conclusões
Fico triste e observo
Que há toda uma razão
Para ter acontecido
Então termino em paz
Meu testemunho da vida
É turqueza e laranja
Um tremendo por de sol
De tirar lágrimas dos olhos
Sem tempo para acabar
Vivo temperado de poesia
Cada trecho tem seu sabor
Uns tormentam os ouvidos
Outros tateiam a alma
Em tom de cantiga
O troféu de mais bonito
Já tive de abdicar
Porque tem alguém que me inspira
Apenas traduzo as sensações em palavras
Quem transmite a realidade
Esta trancado dentro de nós
(26/01/08)
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