16 fevereiro 2008

Casa das Sombras

Paralisei depois do sono de milhares de léguas
Cansei de andar tamanha distância
No emaranhado de pesadelos não tive trégua
Nem pela dor de passar por minha infância

Pensei que não conseguiria nunca mais me levantar
Encurralado na casa do sonho
Corri, abri, bati, tranquei e segurei as portas
Esse ritmo de medo não acompanho
Soltei um grito mudo com as mãos no pé do ouvido
Meu silêncio não me deixou falar
Acordei crente que desta vez tinha morrido
De que passei ferido de ter vivido
Nada que a gente novamente verá

Depois as amarras foram me abandonando
Em lento movimento me postei falando
Lembrando que o pior passou, se foi
Mas que outra noite certamente voltará

(Caraíva - 02/02/08)

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