11 novembro 2009

Homenagem à Pessoa

Quando não temos rumo
É quando de fato escolhemos
Se já sei para onde estou indo
Simplesmente vou
Se não sei, escolho
E aí sim posso ir
Ir, ir, ir
Se, escolha, só por ir
Puro ir
Tira a Lógica
Tira a forma
Vai
Save o sábio?
Sua última cartada é colher
Flores ao sol quente
E quem te vê?
O homem do outro lado da rua
Em frente a tabacaria
Seu suor pinga ao rosto
Nem sequer si sente só
Junto a tantos outros que correm sem rumo
Você é apenas o outro
No outro si vê?
Quem o outro si vê?
Sem senso, cinsero.
Lá em cima, do alto de uma palmeira, ôôôô sabiá
Volta aqui menino, seu lugar no céu está reservado
Que céu? Aquele céu
Seu. Atravessado de girassóis e borboletas sem cor nem movimento
Corram! Plástico!
E volta o silêncio
O som mais intolerado pelo ser que se acha humano

(São Paulo - 17/06/2009)

Nenhum comentário:

Postar um comentário