16 dezembro 2007

Vosso sonho de mim e eu

Pensais ser fácil
Imaginais que nada do que dizeis me dói no coração
Que os vossos sonhos perturbados
Do que fazeis de mim
Me transformam em algo
Que eu jamais queria ser
Uma imagem medíocre que possuís
Um vontade própria e egoísta projetada (no outro)
E caio na armadilha de tertar ser
O lixo que quereis
O minimalismo do ser
Por que para mim não quereis só eu e mais nada
Ser eu triste vos incomoda
Incomodai-vos então até o túmulo
Ou percebais que minha tristeza é minha
E que o vosso incômodo é vosso
E um vive sem o outro
E se eu for como desejais
Mais infeliz seria
Nem como quereis
Nem como gostais
Ou desgostais
Ou desquereis
Mais do que sou me faz não eu
Menos do que sou também
O que sou
Apenas o que sou
Até o momento de chegar ao não eu
Que nem é o que enxergais
Nem o que imagino ou penso ser
Apenas ser e mais nada
E vosso sonho será um pesadelo interminável
E o meu o eterno amanhecer

(15/12/2007)

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